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Onde eles estão?

9 setembro, 2022

Existe um filme que gosto muito que tem uma fala:

“Deus está na chuva!”

Ele deve estar mesmo na chuva e em todo os lugares. Mas ultimamente eu tenho pensado cada vez mais em meus avós. Na minha família e em como cada um deles esta em mim. Mas principalmente mesmo minha avó e meu avô.

Dentro de mim.

Cada vez que corto uma laranja, que faço arroz, ou café, que escuto um cheiro. Cada vez que faço alguma costura ou remendo. Cada vez que preciso de uma ferramenta.

Quase tudo me foi ensinado por eles ou no mínimo reforçado pelo exemplo e pela presença.

Não são as fotos nas paredes ou nas carteiras mais sim esse amor todo dentro de mim que me diz que eles estão aqui. Comigo. Sempre.

Cada instante que eu me lembro. E eu me lembro muito mesmo de todos.

Eu me lembro todos os dias. Sempre.

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Escolha e morte

8 setembro, 2021

Em um universo paralelo eu escolhi não viajar pro sul nas férias
Fui pra poços
E tive a oportunidade de ver meu avô bem

Provavelmente nesse universo eu tb peguei covid com todos da família
E talvez eu estivesse na UTI com meu avô
Talvez

Universos paralelos
Será?

Essa reflexão veio por que

Me deram Um atestado de morte do meu avô…
Fazem 24 dias q ele está no hospital!
A medicação não tá fazendo efeito parece
Ou numa linguagem mais bonito
Ele não está mais respondendo ao tratamento

Agora tenho q escolher:

Se vejo ele mal desse jeito
Ou Se vejo ele no caixão

Pra ajudar a greve dos caminhos começou e hoje está fechada a entrada na cidade onde meu avô vive…
Não consigo entrar na cidade por São Paulo. Talvez não consigo de jeito nenhum…

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Decisão difícil

23 maio, 2021

Começar pelo começo, a decisão mais difícil para mim é dizer não…

Pronto. Pode ir ler outra coisa mais animada, por que daqui até o final do texto, vai ser eu tentando me explicar.

Um dos nãos mais difíceis e acho que o mais difícil que já disse até hoje foi esse. “Não vamos ter outro filho”. Não consigo. Não vou bancar essa escolha.

Ele me dói até hoje. Eu acho que estou certo e errado a todo momento. É motivo de culpa. Vergonha. Cobrança.

Mas ainda não sei se consigo bancar um filho a mais. Em todo lugar vejo todo mundo comentando como é difícil ser mãe. E ainda mais ser mãe na pandemia…

Bem… É muito difícil ser pai também. Ainda mais na pandemia.

Há quase 12 anos eu desisti de um sonho que tinha desde que me conheço por gente. Eu desisti de ser pai. Por que minha esposa não queria ser mãe na época.

Calma esse desvio faz parte da explicação. Já disse, vai ler algo mais animado. Não precisa estar aqui e ler isso.

Quando fiz essa escolha foi por que não queria abandonar, olha essa palavra de novo na minha vida. Bem não é sobre abandonar esse texto de hoje, não ainda. Mas sobre abraçar por que escolhe estar com minha esposa mesmo que ela não me desse o que queria. Uma filha. Meu maior sonho que me lembro de ter sonhado. Meu sonho mais antigo.

Então abracei ficar com ela. Mas também não deu certo. Tiveram vários problemas.

E a vida. Essa vadia sempre passa a perna e o que aconteceu? 7 anos atrás fui pai. No meio do momento mais conturbado da minha vida. Um monte de coisas acontecendo. Um mundo se sentimentos misturados pelo momento.

E novamente tive um momento de dizer não. E disse não para abandonar a minha nem nascida filha.

Foi outro não difícil. O mais fácil era abandonar. Mas era meu sonho, ali, na minha frente. Então decidi que eu seria pai. E pai presente. Pai de verdade. Como nunca tive.

Como é difícil ser pai. Olha. Ainda bem que estou em terapia. Por que ser pai sem isso. Deus me livre.

E a 3 anos mais ou menos eu disse esse não tão difícil.

Veja bem eu já tinha dito sim. Já haviam planos acontecendo. Mas eu não estava sendo honesto comigo mesmo. Eu sabia que não banhava.

Que não queria mais um filho. Mais uma responsabilidade tão grande. E ainda não sei se quero.

Um filho não é um presente. Veja bem amo muito minha filha. Muito. Mas gente, filho é presente só se for de grego…

Filho não é algo pra se dar pra alguém. Muito menos pra um outro filho. Filho é uma responsabilidade enorme.

Eu descobri a duras penas depois de passar pela fase bebê que o pai não faz muito com relação a criança.

Que vem a fase de dizer não. De explicar. De ensinar. De educar e nada disso é fácil pra um pai real e presente e que quer fazer seu melhor. E não quer ser violentando e muito menos violento. Não mais.

Eu sinto como toda a responsabilidade do não fosse minha. Não estou dizendo que minha esposa não diga não. Ela diz. Ela apoia meus nãos. Na maioria das vezes é muitas vezes contrariada. Risos.

Mas não de pai é mais pesado. Mais definitivo.

É inclusive função do pai isso pela psicologia…

Então a 3 anos, mais ou menos tomei essa decisão difícil. E como é difícil.

E ela me custa todos os dias. Muito.

Ser pai é um outro texto que público depois. Em outra oportunidade.

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Meus pais estão morrendo

21 março, 2021

É estranho, também é quieto.

Não eles não estão com uma doença fatal e não, não é eminente a morte.

É só o tempo que passou e não para de passar.

É só a vida fazendo seus ciclos e ciclos e o mundo não parando de girar.

Mas é estranho ver, é no olho de um furacão que podemos chamar de vida e que de tempos em tempos, no olho desse furacão, que todo dia acontece, você, eu, qualquer um pode ter vislumbres da quietude e da vida e nesse instante consegue por um breve momento ver as engrenagens que rodam girarem e a vida por trás da vida acontecendo, as cordas sendo puxadas e nos marionetes de nós mesmos fazendo nossos papéis…

E é tão quito esse lugar, por que para estar nesse lugar só quando se aquieta consegue realmente ver.

E vejo dia após dia.

Mesmo a distância eu vejo, meu avô em Minas eu aqui em sp. E mesmo assim vejo, ouço em cada fala… sinto em cada pausa, em cada fala.

Essa semana ele passou mal.

Muito mal…. e eu vejo ele morrendo, não tem nada real como tubos, traqueostomias e quimioterapias, mas quanto mais o tempo passa e quanto mais algumas vezes vem esses sinais, é esse dessa semana foi um baita de um sinal. Para lembrar…

Que a vida passa. Que todos estamos morrendo e que pela ordem natural das coisas os mais velhos devem morrer primeiro que os mais jovens. Eu vejo meu avô morrendo. Ao poucos. Como deve ser. E um pode me perguntar e com razão. Isso alivia? Ver assim aos poucos, ver de longe a distância. E a resposta é mais complexa do que um sim e um não…

Sim, claro que alivia ainda tenho ele, ainda tenho tempo, ainda estamos juntos. Mas mesmo pra quem a morte é eminente, uma alta, um momento de melhora não é o mesmo sentimento? Tenho tempo, mais um pouco de tempo juntos…

Não, claro que não alivia, tô distante, mesmo sem pandemia estou distante, correndo a corrida dos ratos, como aprendia que nossas vidas é… E ele está indo embora.

Vou chorar minhas faltas, todos os momentos perdidos? Todos os não vou este final de semana? Não vou este mês? Não vou…

Este blog. Este lugar já parece quase uma tumba. Não escrevia a tanto tempo. Mas pensar na passagem. Na morte e no final das coisas me fez voltar aqui e colocar palavras de novo no papel.

Por quê por mais complexo que uma resposta possa ser. Só o que sentimos e marcamos com esses sentenças é que faz sentido. É o que faz diferença. É a única lógica que vejo numa vida sem sentido de sofrimentos e de lutas na corrida dos ratos.

Meu avô é meu exemplo de homem. Ponto final. E qual o exemplo que ele me deu.

Não ria! Seja duro como a vida é! Seja forte! Seja homem! Não posso te der tudo mesmo que eu tenho fundos pra isso sejam estes fundos financeiros ou emocionais! Saiba que eu quem mando! Saiba que mandar é portante! Saiba que eu controlo! Saiba que tudo vem de mim! Vou te dar tudo o que acho importante ter, mas sou eu quem decide isso! E muitas responsabilidades. Você é responsável! Você tem que ser responsável! Não desista! Você tem que conseguir fazer o que eu mando. Eu te dou isso. RESPONSÁVEL! RESPONSABILIDADE! Seja o homem!

Este foi meu avô. Sem tirar nem por… Acho que o parágrafo acima descreve ele. Ou pelo menos como eu o vejo. Um pilar de responsabilidade e confiança que sempre proveu. Que sempre foi forte. Que raras vezes riu. Que…

Não é o que parece, não estou querendo pintar meu avô como vilão. Mas são as coisas que eu sei dele. Das histórias dele. De sempre como ele é correto. Responsável. Honesto. Meu maior símbolo de retidão sempre veio dele. Ainda hoje é assim.

Mas na minha narrativa aprendi que não. Não sou o centro de nada. De verdade nada depende de mim ou passa por mim obrigatoriamente….

Mas essa certeza não me trás paz e sim angústia também, o que aprendi é tão diferente do que sei. O exemplo que tive não encaixa no que sei. E isso faz com que minha cabeça gira. Me sinto perdido.

Mas voltando ao texto e ao propósito desse texto. Desculpe leitor pela divagação.

Estes dias, com meu avô passando mal. Sinto a roda do tempo mais forte. Sinto o fim dele chegando. Sim ele vai morrer. Um dia. E sim isso já dói, imagino quando realmente acontecer.

Ele vai morrer, minha avó já fala que não quer ficar, que não quer aguentar ficar sem ele.

Ela também vai morrer. Um dia. Não hoje.

Meu pai foi primeiro e eu nem senti. Estava tão longe em tantos sentidos. Longe fisicamente. Eu nem o consideráva meu pai na época que ele morreu. Então nem senti. Fui sentir e resgatar tempo depois graças a terapia. O exemplo dele é um que demorei e demoro a aceitar.

Ele era fraco, dependente, químico e emocionalmente. E acho que o que mais me fez rejeitar ele é saber que sou mais parecido com ele do que gostaria. Sou dependente… não químico mas emocionalmente dependente. Já fui extremamente dependente de tanta gente. Minha dependência emocional não bate com meu avô. Não me entenda mau, ele é tão dependente emocional quanto qualquer um da minha família, esse é um dos maiores traços dos Figueiredos por assim dizer. Somos dependentes sim. Mas sempre é disfarçado com cuidado e controle. Já com meu pai ele não tinha esse disfarce e então ficava mais evidente.

A morte chega para todos. Não distingue santos e pecadores.

Já não tenho fantasias mais de legados a não ser os vivos que eu toquei, que eu vivi e que de alguma forma eu marquei.

Tenho tentado desesperadamente mudar. Amadurecer. Mas pu** que par**, como é difícil!

O mais difícil que existe é assim como no luto abrir mão. Entender que morreu. Que não faz mais sentido. Que se foi.

E mesmo que não sejam memórias boas. Se foi. Abrir mão. Desistir. Aceitar a morte. Aceitar o fim é desistir. E acho que por isso é tão difícil pra qualquer um. Não aprendemos a desistir. Nenhum filme legal mostra como bom o protagonista que desiste. Eles sempre são os que adoramos odiar. Mas saber desistir deveria ser ensinado. Facilitaria muito as coisas pra todos.

Ainda não sei desistir. Escrevo essas linhas pensando na morte inevitável um dia de meu avô, de minha avó, de minha mãe…

E sei que já dói. É encarar um fim a minha dependência deles. Um fim sem volta. Posso continuar dependente deles mesmo na morte mas já não quero ser dependente deles em vida. Minha jornada tem sido amadurecer. Me tornar independente. Emocionante independente.

Não me entenda mau. Eu entendia errado e espero que você que me lê entenda a diferença, eu os amo! Muito! Mas não posso ser dependente deles e desse amor. Se não nunca serei livre. Nunca serei eu. Mas sim um reflexo das expectativas e vontades deles e não de mim.

Termino esse texto como a morte. Sem explicação. Sem sentido. Um fim. O fim.

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Finite Incantatem

21 março, 2011

Senhoras e senhores,

Muito obrigado por estarem presentes durante tanto tempo.
Foi um grande espetáculo sem dúvida!
Porém é dado a hora de findar a apresentação, fechar as cortinas.
Reconhecer o que já aconteceu…
Este blog MORREU!

Não que eu não tenha mais vontade de escrever.
Mas mudei minhas prioridades! Não pretendo gastar tempo com ele!
Por isso resolvi jogar em definitivo a pá de cal!
Enterra-lo é mais digno do que deixa-lo abandonado.

No link abaixo segue meu Tumblr, que tenho publicado fotos do Istangram e algumas achadas na internet. É a unica coisa que tenho atualizado ultimamente…
http://www.tumblr.com/tumblelog/rodrigobodas

Esporadicamente, também tenho escrito algumas coisas no Café Mineiro, blog que tenho com a Má no Dialética.org : http://dialetica.org/cafemineiro

Obrigado e desculpe.
Have a nice Life!

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Gabriel o Pensador – Tas a Ver

6 janeiro, 2010


Gabriel Pensador
Composição: Gabriel O Pensador

Tás a ver o que eu estou a ver?
Tás a ver estás a perceber?
Tás a ouvir o que eu estou a dizer?
Tás a ouvir estás a perceber?

Eu tenho visto tanta coisa nesse meu caminho
Nessa nossa trilha que eu não ando sozinho
Tenho visto tanta coisa tanta cena
Mais empaquitante do que qualquer filme de cinema
E se milhares de filmes não traduzem nem reproduzem
A amplitude do que eu tenho visto
Não vou mentir pra mim mesmo acreditando
Que uma música é capaz de expressar tudo isso
Não vou mentir pra mim mesmo acreditando
Mas eu preciso acreditar na comunicação
Mas eu preciso acreditar na…
Não há melhor antídoto pra solidão
E é por isso que eu não fico satisfeito
Em sentir o que eu sinto
Se o que eu sinto fica só no meu peito
Por mas que eu seja egoísta
Aprendi a dividir as emoções e os seus efeitos
Sei que o mundo é um novelo uma só corrente
Posso vê-lo por seus belos elos transparentes
Mudam cores e valores mas tá tudo junto
Por mas que eu saiba eu ainda pergunto

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?

Nossa vida é feita
De pequenos nadas

Tás a ver a linha do horizonte?
A levitar, a evitar que o céu se desmonte
Foi seguindo essa linha que notei que o mar
Na verdade é uma ponte
Atravessei e fui a outros litorais
E no começo eu reparei nas diferenças
Mas com o tempo eu percebi
E cada vez percebo mais
Como as vidas são iguais
Muito mais do que se pensa
Mudam as caras
Mas todas podem ter as mesmas expressões
Mudam as línguas mas todas têm
Suas palavras carinhosas e os seus calões
As orações e os deuses também variam
Mas o alívio que eles trazem vem do mesmo lugar
Mudam os olhos e tudo que eles olham
Mas quando molham todos olham com o mesmo olhar
Seja onde for uma lágrima de dor
Tem apenas um sabor e uma única aparência
A palavra saudade só existe em português
Mas nunca faltam nomes se o assunto é ausência
A solidão apavora mas a nova amizade encoraja
E é por isso que agente viaja
Procurando um reencontro uma descoberta
Que compense a nossa mas recente despedida
Nosso peito muitas às vezes aperta
Nossa rota é incerta
Mas o que não incerto na vida?

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?

Nossa vida é feita
De pequenos nadas

A vida é feita de pequenos nadas
Que agente saboreia, mas não dá valor
Um pensamento, uma palavra, uma risada
Uma noite enluarada ou um sol a se pôr
Um bom dia, um boa tarde, um por favor
Simpatia é quase amor
Uma luz acendendo, uma barriga crescendo
Uma criança nascendo, obrigado senhor
Seja lá quem for o senhor
Seja lá quem for a senhora
A quem quiser me ouvir e a mim mesmo
Preciso dizer tudo que eu estou dizendo agora
Preciso acreditar na comunicação
Não há melhor antídoto pra solidão
E é por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto
Se o que sinto fica só no meu peito
Por mais que eu seja egoísta
Aprendi a dividi minhas derrotas e minhas conquistas
Nada disso me pertence
É tudo temporário no tapete voador do calendário
Já que temos forças pra somar e dividir
Enquanto estivermos aqui
Se me ouvires cantando, canta comigo
Se me vires chorando, sorri

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?

Nossa vida é feita
De pequenos nadas

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Manifesto nerd

26 maio, 2009

Dia 25 agora, segunda que acabou de passar, foi dia do orgulho nerd!

E o que mais me surpreendeu negativamente foi o horror e a grande massa negativa que vi de pessoas que eu admiro e gosto (dos blogs/textos) criticando e recriminando o ser nerd e o fato de se ter orgulho disso!

Primeiro: se eu sou ou sinto orgulho de ser nerd, isso é um problema meu e ninguém pode ou deve me discriminar e recriminar por essa escolha, assim como não se pode fazer o mesmo com gays, negros e qualquer outro tipo de pessoa.

Segundo: por que na sua grande maioria, as pessoas que eu vi recriminando e discriminando podem sim ser consideradas NERDS.

Então, neste caso, é o macaco estar sentado no rabo e falando do rabo do outro.

Eu não entendo o grande preconceito que se tem contra os nerds. De verdade, na cabeça destes que criticam, nerd não pode ter vida social, não pode saber conversar e muito menos pode fazer sexo. O nerd que eles imaginam não existe há muito tempo! Ele evoluiu e tem vida sim!

Simples assim, o nerd de ontem que até chegava a ser mais retraído e mais tímido, mesmo antigamente, já comia mulher e sabia conversar… Mas assim como qualquer outra pessoa eles tem mais facilidade de conversar sobre os assuntos que dominam, por exemplo, um cara que adora futebol, joga, torce para um determinado time, praticamente não sabe falar sobre nada mais do que futebol. Assim é o nerd e assim somos todos nós.

Agora… É muita babaquice para não dizer burrice e falta de coragem criticar alguém que já sofre discriminação.

Eu acho qualquer tipo de preconceito e de discriminação é BURRICE e muita, mais muita criancice, coisa de moleque mimado que a mãe e ninguém ainda na vida ensinou que no MUNDO “ninguém é igual” e que mesmo todos sendo “diferentes”, todos merecemos nosso espaço e muito respeito.

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Por dentro de uma Entrevista de TeleMarketing

13 abril, 2009

Sempre que algum TeleMarketing liga em nossas casas é um saco!
Perdemos minutos preciosos da novela, de sexo ou mesmo de não fazer nada.
Mas eles se especializam em irritar, perguntar, investigar e continuar contigo o maior tempo possível na linha tentando te convencer a comprar ou participar do que quer que seja…

Então pensei em como seria um processo seletivo para uma vaga dessas:

Entrevistador:  Olá tudo bem?
Candidato: Tudo ótimo, melhor agora que estou falando com o Sr.! Espero que esteja tudo bem com o Sr, sua família e todos que o Sr. ama!

Entrevistador: Quando criança… Você passava trotes?
Candidato: Mas claro que sim, era a maior diversão, passava horas nos orelhão ligando para os mais diversos número.

Entrevistador: Qual o trote que você mais usava?
Candidato: Olha, eu variava muito, mas o meu preferido era perguntando do Mário! Sabe qual , né?

Entrevistador: Sei sim! Essa fazia sucesso realmente! Mas e a do Fusca Gelo parado na porta? Você conseguia fazer as pessoas irem verificar se o Fusca estava na porta?
Candidato: Olha, tenho que admitir que nem todas as vezes eu conseguia… Mas eram poucas as pessoas que não iam verificar, viu! Mas o mais divertido realmente era quando a pesssoa voltava para falar que ele não estava, não era? Dizer que havia derritido e desligar rindo era o melhor de tudo!

Entrevistador: Sei… Mais alguma experiência que você dejese contar?
Candidato: Na verdade há sim, eu vou querer estar contando para o Sr. quando convenci um Sr. que ele precisava trocar de guarda-roupa por causa do Mário!

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Hoje em dia ninguém mais de São Paulo precisa passar por essa chateação, afinal pode-se colocar o nome em uma lista de não perturbe.
http://www.procon.sp.gov.br/BloqueioTelef/

Eu pessoalmente não pretendo perder meu tempo para colocar o nome nesta lista! Muito trabalho quando um simples NÃO já resolve a situação, não acham?

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10 anos de MATRIX

31 março, 2009

Sim, hoje faz 10 anos do lançamento do primeiro filme de Matrix, que, literalmente, explodiu a cabeça de muitas e muitas pessoas. Mas a primeira coisa que se deve dizer sobre o filme é que ele teve uma inspiração não oficializada em um livro chamado Necromance, onde se encontram todos os personagens principais e mesmo lugares_ como Zion, Matrix, Morpheus, Neo e Trinith_; quem lê fala que é cópia descarada. Assim como quem lê “O Anel de Nibelungo” fala que “Senhor dos Anéis” também é uma cópia descarada deste.

Dado esta pequena introdução, que espero ser motivação mais que suficiente para levá-los a mais essas leituras, só tenho a dizer que este fato não desmerece ou diminui o filme em si, só agrega.

Sempre quis falar da idéia de Matrix, mas sempre deixei para depois por ser complexo e longo, mas 10 anos já é tempo demais. Meu intuito aqui é chamar a atenção para alguns pontos que acho que geram dúvidas e mal-entendidos nos filmes e gostaria de tentar ajudar a outros a entenderem melhor os filmes.

Inteligência Artificial – Esta foi a grande merda e o começo de tudo. Quando o homem cria a IA e a própria IA se melhora e começa a criar uma nova geração ou raça de robôs a coisa pega. Nesse momento pode-se pegar referencia também em outro lugar, como “Ghost in The Shell”, desenho japonês que questiona se um robô pode ter “alma humana”. E é justamente isso que acontece no desenho e em Matrix. Os robôs começam a ter “almas” e não querem ser mortos (substituídos) ou trocados.

Não vou recontar aqui a história que é tão bem descrita no Animatrix, mas para quem não viu fica a dica e a forte recomendação, afinal não assistir implica em não entender algumas coisas que fazem falta.

Uma coisa que fica clara e que vale ser ressaltada porque pode ter passado desapercebida do grande publico é que os humanos fecham um acordo com as máquinas de escravidão_ é a ultima chance para não serem aniquilados… Transformar o corpo humano em fonte de energia das máquinas.

Este é o início real da história, cronologicamente. Depois disso, a IA cria um mundo chamado Matrix, uma realidade virtual onde as mentes das baterias poderiam viver anos a fio.  Fica claro que as máquinas não poderiam aproveitar os corpos sem as mentes, “O corpo não vive sem a mente” é uma frase recorrente dentro dos três filmes.

A primeira realidade virtual foi criada para ser o mundo perfeito, onde não existiria dor, nem problemas, mas nela foram colocados os soldados que lutaram contras as máquinas que já conheciam a dor e a tristeza. Eu pessoalmente acho que é por isso que não deu certo.

Como uma mente que já conhece esses conceitos iria aceitar uma realidade onde eles não mais existissem?

Então a Matrix foi recriada como nossa sociedade hoje e acho que isso é um dos grandes atrativos do filme; pensar poder ser real, poder viver esta ilusão foi algo usado por eles de maneira muito inteligente!

As máquinas descobriram que para os seres humanos aceitarem essa realidade virtual eles precisam, nem que fosse num patamar subliminar, poder escolher não participar disso. E foi assim, desta necessidade que nasceu o Oráculo, um programa criado para entender, e ajudar os humanos que não aceitassem a realidade Matrix. A figura do arquiteto já estava ali, desde a tentativa do mundo perfeito, talvez não o mesmo que vemos no filme dois e três afinal, deve ter havido melhoramento e substituição do original.

E assim durante seis “escolhidos” a Matrix foi sobrevivendo, e teoricamente Zion também. Acho que o motivo de só anciões serem do conselho guarda este segredo; só os mais velhos realmente entendiam, tinham a experiência e maturidade para saber, que num mundo sem sol, sem calor, sem nenhuma condição, não seria possível ganhar das máquinas e aniquilá-las, acho que essa é a mensagem final: “não” para a incompreensão e a irracionalidade e um grande “sim” para a Paz e a convivência entre os “diferentes”.

Mas eu acho que as máquinas nunca conseguiam destruir 100% Zion: baratas e seres humanos têm uma grande capacidade de sobreviver, custe o que custar. E esse segredo foi sendo passado pelos membros do conselho na medida em que novos “escolhidos” eram selecionados e depois disseminados pela Matrix.

A trilogia começa então com o sétimo “escolhido” e grandes personagens são mostrados a nós. Eu pessoalmente sou fã do Morpheus, um líder que tem uma crença e está disposto a tudo para conseguir seguir esta crença, abrindo mão do seu grande amor (Niobi), e até mesmo de sua vida para garantir a vida de seu escolhido.

Não posso dizer que não fiquei frustrado com o personagem ter diminuído de importância nos dois filmes seguintes, mas os filmes eram sobre o escolhido e não sobre seu antigo líder, então nada mais natural, à medida em que Neo se torna cada vez mais forte, Morpheus ficar mais nos bastidores.

Existem muitos que buscam verdades escondidas, religião e sabe-se mais lá o que no filme, mas o conceito nele é básico: escolha, livre arbítrio e as consequências que isso implica, simples assim.

Nós, na grande maioria das vezes, não conseguimos ver através das nossas próprias escolhas, isso simplesmente quer dizer que nós não sabemos onde elas podem nos levar. E esse é o grande ponto do filme, nem Neo, nem mesmo a Oráculo sabem se são tão fortes ou capazes de conseguir chegar ao objetivo final, que é a Paz.

A Oráculo é um ponto de sustentação do filme, ela faz quase o papel de um psicólogo com o Neo, deixando ele chegar às suas próprias respostas e conclusões. Mas ela também o direciona e aos outros a cumprirem seus papéis na trama.

Não sinto que preciso falar muito do primeiro filme, todo mundo teve quatro longos anos para rever e sugar tudo do primeiro filme e criar expectativas quanto aos dois seguintes. E nisso também vive a explicação da rejeição deles. Todo o mundo, e posso dizer isso quase literalmente, criou em suas cabeças continuações bem explicadinhas e cheias de conteúdo em suas cabeças.

Quando chega o segundo filme, sem explicar coisas novas, colocando Morpheus meio que na geladeira e deixando mais dúvidas do que explicando, o pessoal pirou, e preferiu esperar uma explicação no terceiro filme a sugar novamente o segundo filme atrás das respostas que tanto se queria.

Mas as respostas estavam lá: como já falei era parte da história Morpheus diminuir, assim como eram precisos adversários à altura das novas habilidades de Neo. E foi este o caminho que a história tomou.

Outro momento importante é o discurso de Morpheus na caverna, ele volta para o papel de líder, mas não mais de uma nave e sim de um exército de resistência. Mas mesmo ele sabe que tudo depende do Neo.

Eu devo ter sido um dos poucos, senão o único, ao final do filme dois a ficar de pé na sala de cinema e aplaudir como louco o “To be Continue…” do final.

Porém, apesar de Neo estar mais forte e mais decidido que no primeiro filme, ele ainda duvidava de si mesmo e principalmente, ele ainda não aprendeu tudo sobre a Matrix.

No Terceiro e último filme depois de muitas explicações dadas pelo desenho Animatrix, está mais fácil entender sobre Zion, as máquinas, “almas” e coisas afins.

Pelo menos para alguns… Foi um grande presente dos irmãos Wachowski, uma tentativa de ajudar as pessoas a entenderem melhor o rumo que eles pretendiam dar ao filme.

Fica claro que Neo, para usar as palavras da Oráculo, novamente tem poderes que se estendem da Matrix até a sua origem, o MainFrame. O lugar físico aonde os IA, que realmente criaram todos os robôs, o arquiteto, os programas e tudo mais, estão realmente.

Não fica claro se é paranormalidade ou se pode até ser que o corpo do Neo seja meio robô, ou tenha algo de robô, mas ele é diferente e isso é ponto fundamental.

Trinith é o ponto humano de Neo, sua ligação com a humanidade, ou melhor, com a sua humanidade. Sem ela, sem o romance entre os dois ele poderia virar um arquiteto ou mesmo um agente Smith. É meio forçada a cena de sexo deles (com a Rave rolando solta na caverna e tudo), mas serve para mostrar essa conexão.

E, por fim, chegamos ao melhor vilão de todos os tempos, um vilão que não está atrás de dinheiro, glória ou qualquer outra coisa, ele está atrás de um propósito. “O propósito de toda vida é acabar!” e, se é assim, que seja ele, Smith, a ser quem vai acabar com toda a vida.

Um vilão à altura do grande herói. Disposto a tudo para atingir sua meta, inclusive se sujeitar a entrar na coisa que ele mais odeia, um cormo humano, tudo para tentar deter seu grande inimigo.

O final não poderia ser diferente, só se deixando contaminar e religando o Agente Smith ao sistema, e diretamente a IA, seria possível destruí-lo; só os programadores originais saberiam como deletá-lo realmente sem afetar os demais programas..

E para terminar: sim, Neo sobrevive! Vocês acham que uma mera nave de carga teria toda aquela luz, aquele poder emanando de si? Ou aquilo é o real escolhido vivo emanando seu poder?

Não cheguei a falar das atuações dos atores, porque para este filme não acho que houve más interpretações. Não consigo, por exemplo, imaginar outra pessoa sem ser Laurence Fishburne conseguindo passar tanta emoção como Morpheus. Nem outro ator sem ser Hugo Weaving para fazer um vilão tão bom como o que interpretou o Agente Smith.

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Café Mineiro

26 março, 2009

Venho aqui para informar a criação de mais um blog que eu faço parte!

Agora a proposta é um blog com a esposa. Uma nova empreitada falando de assuntos diversos colocando as opiniões deste casal tão peculiar RO MA.

O nome encaixou perfeito com o conceito, “Café Mineiro”, afinal se você já foi a Minas Gerais sabe que um convite para um cafézinho é mais do que silmesmente comer, mas sim um convite para uma longa e demorada conversa que com certeza irá passar por vários e vários assuntos sem se cansar.

Então sede bem vindo, puxe uma cadeira e vamos conversar e trocar este dedinho de prosa em mais um lugar na net!

Espero sua visita!