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Passado

27 fevereiro, 2007

O passado é o que foi.
É? Mas como isso é possível? Se ele já foi… O certo seria dizer que o passado era o que foi.
O passado passa novamente às vezes nos olhos.
Olhos, mente, sentidos, razão e falta disso.
Passa no formato na memória…
Como uma tela de televisão ela se liga do nada e mostra…
Às vezes quando as memórias estão cravadas num passado muito longínquo, elas são como filmes mudos, onde não há vozes, algumas vezes pela simples falha da memória. Outras por que o que importou mesmo na cena não foram às palavras e sim as ações.
Já nas memórias mais recentes o filme ganha cor, mas mesmo aqui o som ou mesmo vozes podem ser secundários.
Memória é passado? Ou foi passado?
O que é que lhe fala quando ela chega? E quando ela se vai?
Quando a memória acaba o passado deixa de existir?
Passa do ponto que consegue si lembrar!
Pensando que a memória nunca é, mas sempre foi, pode-se dizer com certeza que aquilo que é não existe! Mas passado que seja um só único segundo, ele passa a ser… Só então ele está no passado, na memória.
O que é guardado na sua memória? Imagens? Sons? Ou seriam sentimentos em cima disso tudo?
Os sentimentos não são definitivos como as imagens ou sons!
Uma imagem, foto, ou afim é um momento parado no espaço/tempo.
Ela simplesmente é, mas o sentimento muda, é por definição momentâneo.
E o mais incrível é que o sentimento segue uma lógica quântica. Onde não existe só o ligado e o desligado para uma coisa.